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Estudantes indígenas conduzem a tocha olímpica na abertura dos XI Jogos Internos do Campus Calama

Publicado: Quarta, 19 de Abril de 2023, 12h14 | Última atualização em Quarta, 19 de Abril de 2023, 12h14 | Acessos: 35514

Estudantes indígenas que vão conduzir a pira olímpicaQuatro estudantes do ensino médio do Campus Porto Velho Calama, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), irão conduzir a Tocha Olímpica que representará os XI Jogos Internos, que serão abertos neste dia 20 de abril, a partir das 19 horas, na sede da unidade. Eles foram indicados para conduzir a tocha devido à autodeclaração como indígenas quando se inscreveram no processo seletivo do IFRO.

Os Jogos Internos do Campus Calama (JICs) vão homenagear, neste ano, as comunidades indígenas de Rondônia, lembrando a cultura dos povos originários que estavam aqui antes da chegada dos colonizadores. Serão homenageadas 24 etnias representadas pelas equipes das turmas de Edificações, Informática, Eletrotécnica e Química. De acordo com a Professora de Educação Física, Iranira Geminiano de Melo “dedicar o JICs aos povos indígenas é uma forma de reconhecer a luta histórica dessas etnias pela sobrevivência”. Segundo a docente, os povos indígenas são a essência e a raiz do país. Sua cultura e sabedoria ancestral são fundamentais para a preservação da biodiversidade e para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada. Por isso, é necessário respeitar e valorizar a sua história, tradições e lutas, reconhecendo a sua importância para a construção da identidade brasileira.

O Dia dos Povos Indígenas (19 de abril) marca a luta pela valorização e respeito aos povos indígenas no Brasil, que historicamente têm sido alvo de violências e preconceitos. A data é importante para se reconhecer a importância dos povos indígenas na formação da cultura brasileira e na preservação da biodiversidade e dos recursos naturais, como também é um momento para reflexão sobre as políticas públicas e ações necessárias para garantir os direitos desses povos, como a demarcação de terras, o acesso à saúde e educação de qualidade e o respeito às suas tradições e culturas.

Cleociléia Nascimento da Silva, que vai jogar vôlei, é estudante do 1º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio. Ela não teve muito contato com as pessoas de sua linhagem indígena, somente com uma das avós que era Apurinã. Da mesma turma dela, Pedro Henrique Lopes Tomás, que joga basquete, lembra que sua bisavó, que era do povo Arara, veio do Pará para o Amazonas. Ele acha boa a homenagem porque “começou tudo com eles”. Aurélio Tenharim Filho, estudante do 1º ano do Técnico em Eletrotécnica, jogador de xadrez, disse que nunca participou de uma cerimônia desse tipo. Seu pai é indígena e ele acha importante lembrar por causa da cultura.

Bianca Cristina Parintintin Chaves, do 2º ano do Técnico em Eletrotécnica matutino, joga futsal e considera a homenagem importante devido aos acontecimentos como o dos garimpeiros que invadiram territórios indígenas e que passaram meses abandonados antes do governo resolver o problema. “Acho importante que possamos dar mais valor aos primeiros habitantes do Brasil, porque quando os portugueses chegaram aqui nós já estávamos aqui, então, com o passar dos anos a gente passou a ser desvalorizado”. Muitos dizem, segundo ela, que os indígenas não têm tanta importância porque são pessoas normais, que eles não trabalham e que vivem no mato. “Acho muito interessante as pessoas pensarem nessa homenagem, muito importante para nós e para a nossa educação, porque faz parte da História. E a História é importante tanto para nós, quanto para os que virão, acho que cada vez mais as pessoas devem dar apoio para a nossa cultura”, define Bianca.

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