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Jogos Internos podem incluir outras áreas nos esportes ampliando as vivências socioculturais dos alunos

Publicado: Sexta, 14 de Abril de 2023, 08h01 | Última atualização em Sexta, 14 de Abril de 2023, 08h01 | Acessos: 31402

prof Arte Jics azulO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, continua com as ações do Esquenta JICs. A abertura dos XI Jogos Internos será feita no dia 20 de abril, a partir das 19 horas. Já as partidas serão realizadas no período de 24 a 28 de abril, na quadra poliesportiva do campus, com oito modalidades de jogos, sendo: futsal, basquetebol, vôlei, vôlei de areia, handebol, atletismo, xadrez e tênis de mesa.

Para o Esquenta JICs, a proposta são conversas com a equipe de professores que participam da área de Educação Física do Campus Calama. Desta vez será a atuação da Professora Iranira Geminiano de Melo, que tomou posse no Instituto Federal ainda em 2010. A docente conclama outras áreas da Educação para participar dos Jogos Internos como forma de enriquecer o potencial de atuação dos alunos nos esportes. Ela diz que sua experiência na área de Educação Física no IFRO pode ser resumida na palavra “desafiante”, reforçando “que foram muitos os desafios enfrentados relacionados ao processo de implantação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica”.

Segundo Iranira, as atuais limitações não comprometem o brilho e a importância dos Jogos Internos do Campus Porto Velho Calama (JICs), que inclui todas as turmas dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, promovendo o esporte, a integração, a socialização e o trabalho em equipe. “É um evento institucional que tem potencial interdisciplinar, ainda não explorado enquanto projeto pedagógico”. Ela comenta que a proposta dos jogos poderia incluir disciplinas como, por exemplo, Sociologia (o esporte enquanto produto sociocultural e sua utilização mercadológica e política); História (a história dos esportes disputados no JICs); Geografia (localização geográfica dos países de criação dos esportes disputados no JICs); Matemática (indicadores de vitória, probabilidades de chaveamento, representação gráfica das vitórias por curso, pesquisa de opinião sobre a turma campeã); Filosofia (ética nas disputas, condutas esperadas e observadas durante os jogos), entre outras.

“Até 2022 eu estava afastada para doutoramento e tive pouco tempo para orientação a respeito dos Jogos”. Agora a professora está orientando os primeiros anos, principalmente, para que os estudantes reconheçam o evento como uma oportunidade de aprendizado, pois “às vezes as turmas querem muito vencer e eles não se sentem bem quando perdem ou não apresentam domínio dos conhecimentos sobre como se joga determinadas modalidades esportivas”, destaca.

Iranira afirma que “infelizmente, a maioria dos estudantes chega ao campus com muita dificuldade nas habilidades motoras básicas de correr, saltar, lançar, arremessar e isso compromete o aprendizado e o desempenho nas práticas esportivas. Também por isso, é indispensável que vejam os Jogos como um importante espaço de aprendizado, disputando as modalidades esportivas com solidariedade, lealdade e boa conduta”.

Nesta edição dos JICs são homenageadas 24 etnias indígenas, representadas pelas equipes em que estão divididas as 24 turmas de Edificações, Informática, Eletrotécnica e Química para a competição. Dessa maneira, na avaliação da professora, “esse ano é ainda mais especial porque os jogos homenageiam etnias indígenas de Rondônia, uma ideia que surgiu de uma conversa com a Professora de Educação Física do Campus Cacoal, Lilian Catiúscia Eifler Firme da Silva. Dedicar o JICs aos povos indígenas é uma forma de reconhecer a luta histórica dessas etnias pela sobrevivência. Assim, remete-se às palavras de Ailton Krenak, apresentadas no livro ‘Ideias para adiar o fim do mundo’: ‘Vi as diferentes manobras que os nossos antepassados fizeram e me alimentei delas, da criatividade e da poesia que inspirou a resistência desses povos. É importante viver a experiência da nossa própria circulação pelo mundo, não como metáfora, mas como ficção, poder contar uns com os outros’”, avalia.

A professora ainda diz que “os povos indígenas de Rondônia precisam saber que podem contar com o IFRO e que têm muito a nos ensinar também. Penso que todo nortista (até a terceira geração) tem origem indígena. Mas não tenho uma etnia. Penso que o processo de eliminação das etnias contribuiu de forma eficiente, lamentavelmente, para que o pertencimento e a etnia fossem perdidos por muitas pessoas”, destaca.

Em relação ao trabalho desenvolvido com as equipes atléticas no Campus Porto Velho Calama, Iranira é responsável pelo ensino do Atletismo. Desenvolvendo desde 2013 o Projeto de Pesquisa e Extensão denominado “Iniciação ao Atletismo”, apresenta resultados positivos em relação à formação esportiva e cidadã. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, nos espaços do próprio campus.

Os estudantes inscritos no projeto também participam das competições realizadas pela Federação de Atletismo de Rondônia (Faro). E os melhores desempenhos são enviados para representar Rondônia em competições da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Há também participação nos Jogos Escolares de Rondônia (JOER) e nos Jogos institucionais como os Jogos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (JIFRO), Jogos dos Institutos Federais da Região Norte (JIF Norte) e os Jogos dos Institutos Federais Etapa Nacional (JIF).

A professora destaca que o IFRO tem um potencial incrível de promoção do esporte, pois conta com uma equipe de ótimos professores em todos os campi e atende adolescentes e jovens de todo o estado. Para apoiar o potencial de Rondônia, além das instituições que já trabalham com o esporte, ela ressalta: “é crucial que os parlamentares do estado ofereçam apoio institucional”.

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  • Professora_Iranira_entrega_medalha_aos_alunos_do_atletismo
  • Professora_Iranira_nas_competições_de_atletismo
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