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Atividades da disciplina de Língua Portuguesa priorizam ações interdisciplinares

Publicado: Quinta, 20 de Setembro de 2018, 16h27 | Última atualização em Quinta, 20 de Setembro de 2018, 16h50 | Acessos: 1809

Campus Guajará Ações Interdisciplinares 14

Aulas de Língua Portuguesa promoveram interdisciplinaridade ao desenvolver atividades relacionadas ao bullying no IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), Campus Guajará-Mirim. O docente da disciplina trabalhou com as turmas de primeiros e segundos anos dos técnicos integrados ao ensino médio do período vespertino. Após isso, os estudantes se apresentaram para outras salas, compartilhando o conhecimento adquirido em relação ao respeito ao próximo.

A proposta faz parte do Projeto Viver Bem na Escola da CAED (Coordenação de Assistência Estudantil do Campus Guajará-Mirim). O Professor Antônio Ramiro de Mattos desenvolveu atividades interdisciplinares envolvendo a temática sobre bullying com as turmas de Biotecnologia e Manutenção e Suporte em Informática. Nas turmas dos primeiros anos, a partir do gênero textual “Artigo Enciclopédico”, os alunos criaram umas das opções de verbetes: bullying, cyberbullying, efeitos emocionais do bullying e consequências jurídicas do cyberbullying. Somando-se a isso, os estudantes precisaram criar uma prática de conscientização para a turma e posteriormente multiplicar para outros discentes. Para tanto, os alunos desenvolveram quadrinhos, panfletos, curta de animação, cartazes, divulgação de verbete, desenhos, poesias, dinâmicas de grupo e diversos jogos, como dado emocional, tabuleiros e caça-palavras.

Para as turmas dos segundos anos, a aula foi proposta a partir do gênero textual “Carta Aberta”. Os alunos escolheram uma das turmas da modalidade integrado ao ensino médio para ler a mensagem na Carta Aberta específica para aquela turma e aplicação de uma dinâmica, essa atividade gerou a produção da paródia da música “Você partiu meu coração”, que foi apresentada no dia de culminância do projeto.

Segundo Antônio Ramiro, “no tocante ao desenvolvimento pessoal, penso que a orientação dos trabalhos contribuirá para que eu continue acreditando que adolescentes possam tratar de assuntos sérios de forma madura. E também que possam usar sua criatividade para pontos positivos. Já no campo social, contribuiu para perceber como consequências do bullying e ciberbullying estão mais próximas de mim do que imaginava, e como posso fazer contribuição dentro da minha prática profissional”.

O estudante de Manutenção e Suporte em Informática, Lucas Onarry Chaves, afirma que “as atividades representaram uma oportunidade de poder utilizar meu conhecimento e talento para algo bastante interessante em relação ao bullying, ou seja, contribuir para que esse problema social não continue existindo nas escolas, local de trabalho ou até mesmo familiar. Saber que ajudei alguém faz valer o esforço na atividade. Pessoalmente notei que ajudar contribui bastante contra o bullying e não devo me calar, pois estou presente na escola para ter educação e não para sofrer preconceitos de quem não sabe como realmente eu sou. Socialmente vejo que posso ajudar ou informar uma ou mais pessoas a respeito do bullying, tive oportunidade de desenvolver amizades com outros alunos que passaram pela mesma dificuldade que eu”.

Avaliando o estudo dentro da disciplina de Língua Portuguesa, Málisson J. Siqueira, também do Curso de Informática, diz que “a atividade Carta Aberta representou para mim algo muito importante e me ajudou a refletir e pensar mais nesse assunto que não é muito discutido na escola e nem na nossa própria casa. O projeto Viver Bem na Escola foi muito divertido e informativo, pois os alunos puderam se expressar através de teatro, desenhos e música. Dessa forma, isso me ajudou e a todos os outros alunos a deixar de lado o celular e conversar de verdade frente a frente e também nos proporcionou fazer novos amigos. Esse projeto foi bastante esclarecedor e vai contribuir para minha vida, me ensinando a me impor diante de situações onde eu acabe sofrendo bullying, não a revidar com violência, mas sim a conversar e se isto não funcionar, saber procurar meus direitos como cidadão. Isto tudo vai fazer de mim uma pessoa melhor e educada.”

Luana Mercado Carneiro é do curso de Biotecnologia e considera que “foi muito motivador e explicativo sobre o tema. Bullying é um tema que deve ser discutido entre as pessoas e que se deve dar a sua importância. Todo tipo de preconceito ou discriminação precisa estar bem claro na mente de qualquer pessoa. Esse projeto fez com que os jovens refletissem suas atitudes. Além disso, as vítimas também conseguem ter mais um pouco de coragem e pedir ajuda. Este tema tem que ser falado, precisamos achar formas de resolver o problema e colocar em prática. Desenvolver estes trabalhos faz com que a gente não pense em cometer nenhum tipo de preconceito com ninguém, ter a noção e saber que somos todos iguais deve ser aprendido desde pequeno, isso faz com que a sociedade evolua. São pequenas coisas que fazem a diferença na vida de quem sofre bullying e encontrar algum tipo de apoio faz toda a diferença de não querer desistir. Estas atividades me fizeram ter ainda mais reflexão dos meus valores, o bullying é um assunto sério e eu percebi que o que eu achava em relação a isso se parece com o que é certo. De forma social isso me ajudou a perceber que somos iguais e isso contribuiu para eu pensar mais antes de julgar alguém”.

Também de Biotecnologia, Ayame Antunes avalia que a atividade poderia ter sido ampliada, envolvendo também os “outros fatores que influenciam no comportamento de todos e como todos nós podemos contribuir para manter um bom relacionamento no ambiente escolar”.

Envolvimento com outras disciplinas

O projeto foi levado a outras salas de aula. O Professor de Biologia, Rodrigo Matos, afirma que o tempo cedido para que os alunos desenvolvessem as atividades durante sua aula foi bem utilizado: “a intervenção foi conduzida por um grupo bem preparado de alunos que soube conduzir a atividade e manteve a atenção da sala para alcançar o objetivo pretendido. O conteúdo foi relevante e irá contribuir para o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, pois o webbullying é uma situação recorrente no cotidiano dos estudantes que, no entanto, está isolada da maioria das matérias escolares. A reflexão/problematização em ambiente escolar auxilia os indivíduos a formar posicionamento ético com relação ao assunto”.

A Professora de Sociologia, Maria da Graças Freitas de Almeida, acredita que nesta interação entre turmas houve também a conscientização da turma do terceiro ano matutino sobre o tema bullying, “principalmente se usarmos as palavras de forma agressiva. A atividade gerou uma reflexão sobre como utilizar as palavras erroneamente para agredir o outro. Ao final, percebemos que todos nós podemos melhorar e evitar mágoas com a ação de ‘pensar’ antes de falar ou medir as palavras antes de proferi-las”.

Da disciplina de Geografia, Fábio Brito dos Santos afirma que “à medida que a dinâmica se desenvolvia, a turma se envolvia mais. O fato de alguém ser instigado a participar influenciava aos outros a refletirem sobre esse tema. Logo, considero que os meninos conseguiram, dentro do tempo estabelecido, dar conta de criar uma reflexão sobre o bullying. A atividade foi relevante e contribuirá para o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, pois esse é um tabu grande e precisa ser levado a sério numa sociedade em que não sabe ao menos o que é justiça social e carente de entender o que é ser cidadão. A ideia é válida, pois provoca conscientização, manifestações contra esse problema social. Temos que combater por meio dessas manifestações”.

A Professora de Letras/Inglês, Maria Tereza de Souza, acrescenta que “estudos sobre o bullying realizados por alunos para alunos se tornaram mais importantes, já que o vocabulário utilizado pelo grupo estava no contexto compreensivo deles. O conteúdo veio atrelado a atividades (dinâmicas) onde refletiam uma consciência no tema in loco, alguns alunos se recusaram a realizar a tarefa que eles tinham proposto a outros e assim pode-se verificar na prática que não se deve querer que o outro faça o que não deseja para si”.

Já o Professor de Filosofia, Naziazeno Joaquim de Santana Neto, relata que “alguns alunos me procuraram e fizeram o pedido para utilizar dez minutos do início do tempo de minha aula. Quando a aula começou, eles se colocaram a postos e então começaram a aplicar as atividades por eles elaboradas, para a qual os alunos da turma demonstraram muita atenção. A atividade foi muito relevante no sentido de que foi perceptível o interesse da maioria da turma durante toda a atividade, até porque o assunto abordado faz parte de uma realidade recorrente e não muito pouco vivenciada nas escolas”.

As ações interdisciplinares foram desenvolvidas em sala de aula com intuito de trabalhar o desenvolvimento crítico e social de nossos alunos.  “Esta foi uma atividade que com certeza foi altamente interdisciplinar. Sinto-me realizada por fazer parte de um projeto que tenha contribuído tanto para o envolvimento dos profissionais da educação do Campus Guajará-Mirim”, conclui a Coordenadora do Projeto Viver Bem na Escola, Elaine Márcia Souza Rosa.

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