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Congresso do IFRO discute Educação a Distância na Amazônia

Publicado: Terça, 13 de Novembro de 2018, 09h33 | Última atualização em Terça, 13 de Novembro de 2018, 09h34 | Acessos: 1631

CONGRESSO EaD 15Os Campi Porto Velho Zona Norte e Calama, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRO) sediaram entre os dias 7 e 9 de novembro o I Congresso Amazônico de Educação a Distância – Região Norte, a 6ª edição do Seminário de EaD do IFRO e IV Workshop GPED (Grupo de Pesquisa em Educação a Distância). O evento contou com participantes de outros estados, além de gestores, estudantes e coordenadores de polos de educação a distância que participaram de palestras, mesas redondas, oficinas e reuniões.

A abertura do congresso, realizada no auditório do Campus Porto Velho Calama na noite do dia 7, contou com a apresentação cultural da banda Minhas Raízes, da comunidade de Nazaré. Além disso, a cerimônia recebeu a palestra “Tecnologias da Informação e Comunicação, a colaboração e aprendizagens compartilhadas”, ministrada pela Professora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Kátia Morosov Alonso. Em sua fala, a docente destacou a questão da cultura digital e das tecnologias da informação e comunicação.  “Nesse momento em que vivemos cada vez mais falamos no trabalho numa relação educação/tecnologia no processo de currículo com tecnologia e de formação com tecnologia. Cada dia mais temos falado menos na distância, porque na verdade as tecnologias da informação vão permitir,  sobretudo, esse processo de interação e mediação em tempo real e que na verdade acaba fazendo com que as distâncias não se materializem mais. Então é importante nesse sentido, porque podemos estabelecer um diálogo,  justamente por conta dos recursos de comunicação que nós temos hoje”, comentou. 

O Professor Carlos Henrique dos Santos, que substituiu o reitor na abertura do evento, destacou o desenvolvimento da EaD na região Norte. “Nós já estamos trabalhando no futuro, porque o grande avanço da educação em todo país está acontecendo através da educação a distância.  Hoje temos por volta de 9.000 alunos matriculados na educação a distância. Contamos com convênio com o governo do estado, onde estamos através da mediação tecnológica contribuindo muito para o desenvolvimento do estado, levando aulas com um ensino de qualidade e também estaremos ofertando cursos de graduação na modalidade EaD, além de expandir a oferta de cursos de  pós-graduação Lato Sensu.  O conhecimento que o IFRO tem sobre a tecnologia da informação aplicada à educação a distância é destaque no Brasil e hoje está capitaneando toda a região Norte”, relatou durante a cerimônia de abertura.

O evento teve como objetivo disseminar informações ou conhecimentos pertinentes à área educação a distância. “Outro objetivo foi mostrar o trabalho que o Instituto Federal tem apresentado de forma potencial e que tem impactado na formação do cidadão. Durante esses 3 dias de evento apresentaremos as  nossas experiências exitosas, teremos palestras, debates, mesas redondas com os assuntos pertinentes à educação a distância do IFRO. O evento veio para ampliar as ações desta área, para potencializar, para mostrar para a comunidade o que o IFRO tem feito em relação à educação a distância. Nós estamos crescendo e nos tornando referência não só na região Norte, mas também no Brasil. Nós temos uma atuação muito forte também na Amazônia Legal com a formação de conselheiros tutelares, por meio da EaD e neste ano  também tivemos uma oferta inovadora de cursos superiores EaD, aumentando a quantidade de oportunidades de estudos para os rondonienses”, reforçou o Diretor de Educação a Distância do IFRO, Adonias Soares da Silva Júnior.

O Diretor-Geral do Campus Porto Velho Zona Norte, Miguel Zamberlan, destacou as ações de Educação a Distância desenvolvidas no decorrer dos anos de existência do IFRO. “Temos buscado desde 2010 investir em educação a distância e começamos timidamente com parceiros, por meio de outras instituições e ao longo desses anos temos desenvolvido know how e capacidade de oferta de cursos a distância. Paralelo a isso, viemos realizando seminários de EaD, criamos grupos de pesquisa. Para nós, todas essas ações demonstram que a educação a distância é um caminho acertado. Nós temos que interiorizar a educação,  que é um dos papéis dos Institutos Federais e essa interiorização ela também é possível por meio da educação a distância e é o caminho que estamos seguindo”, argumentou o docente.

Para o Diretor-Geral do Campus Porto Velho Calama, Antônio dos Santos Junior, o seminário foi um evento importante para discutir o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao domínio e utilização da educação a distância e como desenvolver a educação mediada por tecnologias. “Hoje eu tenho trabalhado bastante para conseguir o engajamento dos estudantes. A EaD, a aprendizagem com o uso da tecnologia, permite que a escola se expanda para qualquer ambiente e em qualquer momento. Falamos que é o aluno tendo oportunidade de aprender em qualquer lugar e em qualquer momento desde que ele esteja afim. Então a ideia é criar cenários onde os alunos enxergam a disciplina a todo momento da vida deles. Acredito que é o momento oportuno para discutirmos e sabermos que a vanguarda é isso, as tendências de educação caminham  para esse modelo de educação!”, explicou o docente.

Participação dos IFs da Região Norte

O Seminário contou com participantes dos Institutos Federais do Amapá, Roraima e Tocantins. Dentre os gestores presentes no evento, estava o Diretor de Educação a Distância do IFAP, Marcos Almeida. “É a uma modalidade de educação que cresce muito no país, como exemplo disso podemos dizer que estamos ali no extremo norte do Amapá, na cidade de Oiapoque, um lugar bem distante, com escassez de cursos, e nós levamos a Universidade Aberta do Brasil,  onde através da educação a distância aqueles profissionais que atuam na área da Educação vão ter complementação pedagógica. Esse congresso é bem importante porque nós, estamos vendo o crescimento da educação a distância no país e os Instituto Federais não podem ficar de fora desse crescimento, devendo se aprimorar neste tipo de oferta de educação”, comentou.

Também do Amapá, o supervisor de EaD do Campus Macapá, Rodrigo Salomão, reforçou a importância da expansão da educação a distância na Região Norte. “Quando trabalhamos com EaD conseguimos atingir regiões que talvez de outra maneira não conseguíssemos. Também tem a questão de disposição dos usuários, pois vemos hoje que as pessoas tem pouco tempo para dedicar ao ensino presencial, e muitas vezes as pessoas optam pela educação a distância, e nós temos que atender às necessidades das pessoas. Com esse seminário pudemos observar as boas experiências que estão sendo desenvolvidas pelo IFRO e poderemos, de certa maneira, replicar essas práticas no Amapá, onde estamos em um processo de institucionalização da EAD”, disse.

Do Instituto Federal de Roraima foram 8 participantes, que trocaram experiências e puderam conhecer a realidade da EaD no IFRO. Segundo Maria Betania Gomes Grisi, Diretora de Educação a Distância do IFRR, na instituição a EaD é recente. “A nossa oferta ainda está muito centrada na capital, mas temos conseguido ampliar esse acesso nas comunidades mais afastadas. Os gestores têm acreditado na modalidade, eles têm procurado investir nas equipes para que os serviços sejam melhorados. Acreditamos que por meio da EaD consigamos possibilitar a formação com qualidade àquelas pessoas que dificilmente teriam acesso sem essa modalidade. E participar do Congresso é uma oportunidade de ampliarmos os nossos saberes em relação à EaD, porque como nós estamos nesse processo de desenvolvimento, quanto mais experiência pudermos vivenciar, melhor a gente vai poder conduzir as nossas ações”, falou durante a abertura.

Madson Teles Sousa, da Coordenação de Apoio a EaD do Instituto Federal do Tocantins, explica que no IFTO a oferta de cursos EaD ocorre desde 2008, por meio do E-Tec e cursos financiados.  “Um evento como esse vem agregar, porque pretendemos coletar informações com vocês e experiências exitosas para a implantação na nossa EaD. Percebemos que essa evolução do IFRO tem sido bem interessante e tem sido referência de forma nacional. Então é muito importante conhecermos mais a estrutura da EaD do IFRO, saber o que podemos levar para ser implantado no IFTO”, comentou.  

Programação

Além de palestras e mesas redondas, o Congresso Amazônico EaD contou com minicursos e oficinas diversas, dentre elas a de Histórias em Quadrinhos, que apresentou o conceito de HQ e sua utilização com foco pedagógico para aprender a fazer e compartilhar. “Trouxe propostas de como aplicar esse hipergênero dentro de sala de aula. Trouxe algumas curiosidades sobre esse universo que abrange os cartoons, fotonovelas, graphic novels, gibis e mangá, e também trouxe materiais para eles colocarem a mão na massa e aprenderem na prática e verem que não é fácil, e que tem todo um processo artístico e literário”, explicou a Professora Andressa Viana da Silva, que pesquisa o hipergênero e aplicou o minicurso.

Walisson Fernando Dutra de Oliveira que estuda o técnico de Informática no Polo EaD de Ouro Preto do Oeste aprovou o curso de HQ. “O HQ é uma forma mais fácil de explicar determinados assuntos, através da junção de imagens e textos. Apresentei o um projeto chamado “Tecnologia assistiva, educação em favor da inclusão social e digital” na Ferocit, em agosto, e ganhamos o 3º lugar no nível médio e credenciamento para um evento São Paulo e nesse meu projeto eu desenvolvi um jogo pedagógico para ajudar pessoas com deficiência no processo de aprendizagem e a partir desta oficina de HQ pensei que posso inserir esse hipergênero no jogo para facilitar ainda mais o aprendizado”, descreveu o estudante.  

Um das oficinas ofertadas no evento apresentou o Facebook como ferramenta pedagógica. Na capacitação, os participantes puderam ter acesso a conceitos e comparações, além de sugestões de possibilidades do uso da rede social para estimular a aprendizagem colaborativa, o compartilhamento e ampliação de conhecimentos fora da sala de aula, promove uma maior integração e o grau de confiabilidade entre estudantes e professores como plataforma alternativa de comunicação novas tecnologias em salas de aula. “Foi muito interessante o bate papo e a troca de experiências, onde a maioria era professor e pudemos observar questões legais sobre todos os entraves e os sonhos que essa ferramenta pode trazer e como nós podemos trabalhar isso como um complemento da atividade pedagógica e não substituindo, ou seja, ter como ferramenta de apoio e não como uma ferramenta em si para o processo de ensino-aprendizagem”, comentou Carlos Eduardo Sousa da Fonseca, que participou da oficina.

Banners dos alunos do curso técnico em Cooperativismo concomitante ao ensino médio ofertado por intermédio da EaD foram apresentados no Congresso. Os banners são resultado da disciplina “Ramos do Cooperativismo”, onde os estudantes investigam na região em que moram para saber o entendimento da população sobre cooperativismo. “Eles ficam sabendo como é fazer uma pesquisa, desenvolver um banner, e a partir desse estudo é que eles partem para a montagem de uma cooperativa, fazendo o estatuto, fazer a assembleia de constituição, fazer a ata, eleger os dirigentes da cooperativa, e no banner mostramos esse processo”, explicou a professora e coordenadora da Mostra, Adriana Zanki Cordenonsi.

Reuniões também fizeram parte da programação do evento. Uma delas reuniu coordenadores de polos e dos coordenadores de curso do interior de Rondônia para ajustes da Coordenação Geral da rede E-tec que administra os cursos mediotec e bolsa-formação. “Nós preparamos um material no sentido de mostrar quais são as responsabilidades que todos têm como membros da equipe EaD do Instituto Federal de Rondônia e tratamos nesta reunião dos orçamentos que recebemos, tratamos da evasão, tratamos da retenção de alunos nas disciplinas, tratamos da estrutura organizacional da EaD no IFRO e a importância que tem cada sujeito dentro dessa estrutura organizacional. Eu acredito que a reunião foi um sucesso e no primeiro momento a reunião seria apenas para os coordenadores de polos, mas acabamos recebendo a visita de membros de outros institutos que estão no Congresso para entender exatamente como é que funciona a EAD no IFRO”, disse o Coordenador da reunião, professor Thonny Hawany.

Avaliações

O Diretor de Educação a Distância do IFRO, Adonias Soares da Silva Júnior, destacou que o Congresso atingiu o objetivo com salto positivo, contando com feedback satisfatório das comunidades interna e externa do IFRO. “O evento realmente foi muito gratificante,  desde o alcance que tivemos, passando pelo compartilhamento de experiências que realizamos durante os três dias, até o reconhecimento de quem participou”, elencou.

Uberlando Tiburtino Leite, Reitor do IFRO, destacou que o Congresso superou as expectativas, com palestrantes destacando como o IFRO vem trabalhando na expansão e aprimoramento da EaD em Rondônia. “Tudo isso serve para reforçar as ações que o Instituto Federal de Rondônia vem desenvolvendo, estamos caminhando com alguns pontos a serem corrigidos, mas estamos seguindo a tendência no Estado, de ampliação da oferta de educação a distância, não como substituição ao ensino presencial, mas sim como complementação, oportunizando a mais pessoas o acesso à educação pública e gratuita, e também para que consolidemos o IFRO como referência em educação a distância dentro da Rede Federal”, finalizou.

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