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Rede Federal: 115 anos mudando para transformar vidas

Publicado: Segunda, 23 de Setembro de 2024, 17h46 | Última atualização em Quinta, 26 de Setembro de 2024, 12h55 | Acessos: 105

15anosHá 115 anos, sob a liderança de Nilo Peçanha, foi criado um marco na educação brasileira: as Escolas de Aprendizes Artífices. Seu objetivo era claro e visionário — oferecer capacitação aos "desvalidos da fortuna", como ele mesmo os descreveu, ou seja, filhos de trabalhadores e excluídos sociais que não tinham acesso a uma educação formal. Mesmo com um curto período de governo, de apenas um ano e cinco meses, Peçanha deixou um legado profundo que deu origem à atual Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, uma referência em inclusão e desenvolvimento social no país, e até hoje a rede é referenciada como o maior exemplo de política pública de nosso país.

Funcionando inicialmente em 19 estados brasileiros, começava a se traçar o diferencial destas instituições: uma forte relação com o mundo do trabalho. O nome das escolas foi se alterando conforme novas formas de atuação pedagógica e administrativa estavam sendo incorporadas: indo de Escola Industrial (Liceu), a partir de 1937, para as famosas Escolas Técnicas Federais (ETFs), que consolidaram o ensino técnico por mais estados do país, nas décadas de 1960 a 1990. Do final da década de 70 até os anos 2000, o surgimento de Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) apontava o caminho da verticalização, iniciando a oferta dos cursos superiores. Todas estas denominações diferentes estavam sempre acompanhadas dos sobrenomes qualidade e comprometimento.

Em 2008, o Brasil testemunhou a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), um marco na expansão e consolidação da Rede Federal de Educação. Sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, a iniciativa integrou as Escolas Agrotécnicas e os Cefets, transformando-os em 38 novos Institutos Federais. Essa reorganização buscou ampliar o acesso à educação profissional, científica e tecnológica em todo o país. Além disso, a nova estrutura preservou dois Cefets, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o Colégio Pedro II e as escolas técnicas vinculadas às universidades federais, fortalecendo o compromisso com a inclusão e o desenvolvimento educacional.

O decreto de criação da Rede não apenas mudou a nomenclatura, mas trouxe o compromisso de que metade das matrículas ocorra em cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, fortalecendo a vocação de formar os adolescentes, enquanto ampliou a oferta de cursos de Licenciatura para 20% das matrículas. A nova configuração estendeu o campo de atuação das instituições aumentando a quantidade de cursos na modalidade à distância e também as pós-graduações. Por outro lado, promoveu o ingresso de milhares de pessoas em turmas de qualificação profissional em programas nacionais como o Pronatec e o Mulheres Mil, que abriram as portas para quem não tinha sequer o ensino fundamental.

A criação da Rede proporcionou a interiorização do ensino profissional porque foi simultânea ao Plano de Expansão I que registrou um crescimento exponencial das unidades. Em poucos anos, saltamos de 140 unidades para 644. Agora, em 2024, chegamos a 685 unidades, superando 1 milhão e 600 mil matrículas, em mais de 12.900 cursos. São cerca de 76.800 servidores docentes e técnico-administrativos, distribuídos em 41 instituições para atender esta demanda crescente com 100 novas unidades anunciadas pelo Governo Federal.

A presença da educação profissional nas pequenas cidades impulsionou economias locais, fixou jovens na terra natal, apresentando a pesquisa e a extensão para estudantes que jamais sonhariam com estas possibilidades. O perfil de atendimento da Rede continua voltado para a camada mais fragilizada da sociedade e possibilitando a mudança de vida para famílias inteiras. Os índices da Plataforma Nilo Peçanha apontam que a grande maioria dos matriculados são de famílias com renda per capita mensal inferior a 1,5 salários mínimos.

Fonte: IFPB com colaboração do IFAM. 

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