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Estudantes do Ensino Médio do Campus Calama fazem campanha contra o racismo

Publicado: Segunda, 13 de Setembro de 2021, 13h57 | Última atualização em Segunda, 13 de Setembro de 2021, 13h57 | Acessos: 94665

Campanha anti racismoAlunos dos primeiros anos dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio em Informática, em Química e em Eletrotécnica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, participaram neste mês de setembro da Campanha Contra o Racismo. A ação envolveu atividades de produção de vídeos que abordaram os aspectos mais diversos nas manifestações do racismo no meio social.

A campanha, coordenada pelo Professor de Sociologia Cássio Alves Lus, tem como objetivo apresentar e promover a reflexão e o debate sobre o racismo estrutural no Brasil e como ocorrem suas diferentes manifestações que acabam sendo reproduzidas nos costumes, na linguagem, nas leis e passam a ser naturalizadas no cotidiano.

“A campanha é necessária devido à perpetuação de manifestações racistas no Brasil, seja pelo Estado, pelo mercado ou pela sociedade civil, que reproduzem através da linguagem, das leis, das tradições e da mídia mecanismos que naturalizam o racismo no imaginário social”, afirma.

Os alunos abordaram nos vídeos questões que englobam a apropriação cultural; o encarceramento em massa da população negra; o abolicionismo penal; os impactos do racismo na saúde mental e suas consequências como o AVC e as paradas cardiorrespiratórias; o desemprego entre negros e outros grupos étnicos minoritários; a violência física, sexual, moral e psicológica; políticas de ações afirmativas; a dupla discriminação contra a mulher negra; o tráfico de seres humanos para o trabalho escravo, trabalho forçado e exploração sexual comercial; os quilombos como territórios de resistência negra no Brasil e o racismo religioso contra religiões de matriz africana.

A discussão, de acordo com o professor, está inserida na Lei 10.639/2003, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, incluindo no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da presença da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”, que objetiva discutir como que historicamente o racismo se transformou em um problema estrutural no Brasil, impossibilitando a mobilidade social vertical de negros e outros grupos étnicos e religiosos como ciganos, indígenas, ribeirinhos, quilombolas e adeptos de religiões de matriz africana.

Na avaliação dos participantes, a constituição da estrutura social patriarcal e racista os impedem ainda hoje de ocupar espaços historicamente privilegiados como as universidades e os postos de trabalho mais importantes no âmbito da iniciativa privada.

Para produzir os vídeos, os alunos entrevistaram professores, amigos e pessoas da comunidade, buscando juntos refletir sobre como as manifestações racistas acontecem, a maioria das vezes prejudicando as pessoas atingidas. Conforme a estudante Letícia Vitória, do 1º ano de Informática matutino, “a atividade realizada é de extrema importância, não só para o nosso crescimento intelectual como alunos, mas também como futuros de uma sociedade. Uma sociedade agora mais informada sobre o racismo e suas consequências, podendo assim lutar contra ele”.

Na opinião de Giovanna Laís Alves Cahú, do 1º ano matutino de Química, “esse projeto deu oportunidade para entendermos melhor os impactos no âmbito social, econômico e educacional causados pelo racismo. Foi uma experiência ótima estudar e ver os colegas se dedicando a uma causa nobre, é algo que tem de normalizar-se”.

Aluno do 1º ano Vespertino de Informática, Amizael Ygor, diz que é “um grande aprendizado para nós poder levar conhecimento para outras pessoas de uma forma simples e tão acessível”.

“Durante o desenvolvimento dos vídeos feitos para a campanha, houve pesquisas de dados sobre o racismo no Brasil, que contribuíram não somente na área intelectual, mas também, entender tais dados e como eles afetam nossa sociedade, faz de nós melhores cidadãos”, conforme afirmam os estudantes do 1° ano vespertino de Eletrotécnica.

A exposição das produções seguem nos canais do Youtube de cada curso. Os vídeos repetem temáticas, porém, apresentam abordagens e participações diferenciadas, trazendo um enriquecimento no conteúdo a ser explorado pelos alunos e expectadores da mostra, defendendo todos que “a cor da pele não deve ser fator de risco para ninguém”, reflete o docente organizador da atividade.

 

Acesso

As discussões que foram produzidas em vídeos poderão ser vistas nos canais do Youtube nos links indicados abaixo:

Informática – Matutino https://youtube.com/channel/UCIBqGCiXgVZTtRr66BY4SEA

Informática – Vespertino https://www.youtube.com/channel/UCamhnmQ4Eg_JEXTZAhq8OEw

Química – Matutino https://www.youtube.com/channel/UCYk6J8x2oSbUMIb_MlYTwTQ

Química – Vespertino https://www.youtube.com/channel/UCfJya0c3Vaa7WMmIpY650Gg

Eletrotécnica – Matutino https://www.youtube.com/channel/UCgCpqbECvKLVu7IPimJL9mw

Eletrotécnica – Vespertino https://www.youtube.com/channel/UC4Hq1xF0A0B-XMTq_f0NfZQ

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